DAR O PEIXE OU ENSINAR A PECAR?
Claro que ensinar a pescar é o caminho ideal, mas ninguém consegue aprender a pescar com fome! Em situações de emergência, iniciativas assistenciais precisam ser realizadas. No entanto, sabemos que crises pedem que mudanças estruturais também sejam feitas.
É necessário que aprendamos a desenvolver as capacidades existentes na nossa comunidade, abandonando o olhar que apenas vê carências e buscando localizar as potencialidades, para que juntos possamos ser protagonistas do nosso próprio crescimento sustentável.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), temos aproximadamente 13,5 milhões de pessoas em extrema pobreza no Brasil, que vivem com cerca de R$ 151 por mês.
Estamos localizados no município de Pauiní, um dos municípios com Índice de Desenvolvimento Humano mais baixo em todo o país. Em nossa região, existem pessoas em situação de pobreza, localizadas principalmente em colocações e pequenas comunidades na beira do rio Purus.
Nós temos rios e igarapés, temos peixe e sabemos pescar. Estamos dentro da floresta, não nos falta terra e temos a herança cultural da agricultura. Temos diversos equipamentos comunitários esperando a nossa força de vontade para trabalharmos em união, sabemos que viemos para cá para não dependermos do sistema do Mundo.
Diante disso, como podemos nos movimentar daqui em diante para sermos resilientes diante dos desafios, sábios diante das tantas oportunidades que temos e empáticos diante das nossas necessidades e de nossos vizinhos, a fim de que possamos realmente alcançar o Bem Viver para todos?
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